Ao dar voz e democratizar o campo da informação, a internet trouxe também sérios problemas que precisamos resolver. São, digamos, os efeitos colaterais.
Antigamente, dizem os mais antigos, éramos aconselhados a ser esponja:
- Suguem o máximo de informações que você puder, diziam os pais, professores, os sábios da época.
Agora não é assim. O conselho é outro:
- Sejam peneira!
Caso não queiramos enlouquecer e se perder nesse mar de informações precisamos mesmo peneirar o que chega aos nossos olhos, ouvidos, cérebros. Informação tem aos montes. Já qualidade e seriedade...
O grande problema que precisamos resolver é a conscientização de que existem diversos níveis de conhecimento. E o mais comum na internet é o nível do senso comum. Ou seja, informações são dadas sem embasamento nenhum. E são dadas não como opinião, mas como afirmações absolutas, algo certo que deve ser acreditado e praticado.
A opinião de um teórico da conspiração fale mais que um estudo científico sobre determinado problema global. Nesse caso, a própria ciência é vista com desdem, com desprezo, com desconfiança.
O conhecimento científico, na internet, é combatido por diversos outros conhecimentos do saber humano: filosófico, teológico, leigo, etc. Isso, claro, não é bom.
A internet deve continuar dando voz aos leigos? Aos teóricos da conspiração? Aos espiritualistas?
SIM! Porém, é necessário com urgência que se façam movimentos de conscientização do tipo: ouça e veja tudo, mas não acredite sem antes desacreditar. Antes de comprar uma informação como verdadeira, verifique a fonte e em que nível de conhecimento ela está.
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